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domingo, 26 de junho de 2011

Resumão Semanas de Moda - Segunda Parte

Dando continuidade ao resumo das semanas de moda nacionais, hoje falo dos tecidos, lembrando que separei tudo que vi em alguns segmentos, para facilitar a absorção de informação.
Sendo assim, hoje vou falar dos tecidos e de tudo que está ligado a ele direta ou indiretamente, certo?
Primeiramente, vou falar das estampas. Para a temporada Verão 2011/2012, muitas estampas aparecem, porém as que surgem com mais peso e força são as geométricas e as inspiradas na natureza tropical e suas vertentes. Algumas marcas levaram essa questão do tropicalismo à tona e relembraram Carmem Miranda. Já outras, preferiram focar na fauna e na flora tropical e com isso deram um ar bem fresco às estampas.

Talvez algumas de vocês achem o resultado final muito parecido e de fato em alguns casos é. Só é importante lembrar que as marcas bebem das mesmas fontes e em algumas coleções alguns temas aparecem com mais força do que em outras coleções que eventualmente os temas eram mais difusos ou até mesmo onde cada marca fez sua própria leitura e interpretação dos temas pré existentes. Quando acontece das marcas interpretarem as tendências da mesma forma, ou de formas muito parecidas, temos ainda mais responsabilidade na hora de montar um look, para que não aconteça aquilo que toda mulher odeia: encontrar alguém vestida igual a nós!. Sendo assim, nestes casos, o nosso estilo pessoal passa a ter ainda mais peso do que teria em qualquer outra ocasião, e é por estas e outras que insisto muito nesta questão do estilo. Vale prestar atenção!!

Agora, voltando a falar do tema de hoje, seguem imagens dos desfiles e suas estampas.

Tropicalismo e Natureza Tropical:



Desfiles Adriana Degreas (fotos 1 e 2), Afghan e Cholet



Desfiles Espaço Fashion, Lix, Pedro Lourenço e Sta. Ephigênia

Geométricas:

Desfiles Adriana Degreas, Barbara Bela, Maria Bonita e Pedro Lourenço


Outro ponto de destaque foram as bases. Quando digo bases, não me refiro àquele esmalte que passamos nas unhas antes de pintá-las não, ok? Esta é apenas uma forma de falarmos sobre os tecidos.
Nesta temporada de desfiles, algumas bases (tecidos), me chamaram muito a atenção. Conforme falei no post anterior, o casual ganhou uma elegância extra e com isso, modelagens básicas e simples apareceram com destaque em função dos tecidos serem mais elaborados e bacanas. As sedas e o linho vieram com muita força e prometem bombar nas ruas.


Outros tecidos que ganharam destaque nas passarelas, foram os tecnológicos, que cada dia ganham mais espaço nas marcas. O couro também apareceu em alguns desfiles (e não estou me referindo somente à Patrícia Vieira, especialista em couro, que já aprendeu que montar uma coleção de verão para a carioca somente com esta base é furada), mas sim a muitos outros estilistas e marcas que apostaram no couro como uma base importante para o Verão. Sinceramente não concordo e acho que esse material deve ficar somente nos acessórios, tendo em vista que no Brasil o Verão é quente demais para usar este tipo de tecido. Sendo assim, optei por não mostrar o couro, certo?

Sedas:


Desfiles Alexandre Herchcovitch, Cavendish, Espaço Fashion, Maria Bonita Extra, Patachou

Linhos:


Desfiles Giulia Borges, Neon e Osklen (fotos 3 e 4)

Tecidos Tecnológicos:


Desfiles Adriana Degreas, Animale, Houis Clos e Neon

Todas as imagens foram feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Resumão Semanas de Moda

Olá minha gente!!
Quem é vivo sempre aparece, não é verdade? Bom, conforme havia prometido no post anterior, optei por fazer um resumão das semanas de moda nacionais, para que vocês saibam o que será tendência no Verão 2011 / 2012.

Como as tendências são muitas e quero colocar imagens dos desfiles para que vocês visualizem o que digo, optei por dividir as tendências em 4 partes: Modelagens, Tecidos, Visual e Complementos.

Hoje vou falar das modelagens. Fiz essa divisão para facilitar a leitura. Confesso que até eu acho meio chato quando leio uma matéria imensa que fala do mesmo tema. Ao dividir as tendências, acho que o resultado final é melhor.



Outra coisa importante é que estou preparando um post bem bacana sobre a liquidação do Inverno e o que podemos aproveitar para o Verão, da mesma forma como fiz na temporada passada.

Agora, vamos ao que interessa!! Novas tendências, tudo novo e fresco para uma coleção novinha em folha, certo? Mais ou menos. Algumas tendências já são velhas conhecidas, mas ainda assim, possuem um ar mais fresco.
Sendo assim, vamos ao primeiro item da minha lisitinha de tendências da categoria modelagem:

Casual chique - Sem qualquer semelhança com a personagem das antigas, ok? Na próxima estação, o casual vem mais elegante e chique, onde algumas modelagens simples e até mesmo básicas ganham tecidos mais nobres e sofisticados e com isso deixam o visual mais completo.


Imagem 1 desfile Mara Mac, imagens 2 e 3, desfile Alexandre Herchcovitch

Peças Chave: Esta categoria é fundamental para quem quer andar na moda e nas tendências, afinal de contas, a cada temporada, algumas peças são eleitas hits e com isso ganham mais espaço e destaque dentro do contexto da coleção e para o próximo Verão, estas peças são:

Macacão


Desfile Mara Mac, Maria Filó e Nica Kessler

Pantalona


Desfile Carlos Miele, Cholet e Nica Kessler

Saias Longas


Desfile Filhas de Gaia, Mary Zaide e Oh Boy!

Vestidos Assimétricos

Desfile Cantão, Lino Villaventura e Maria Bonita Extra

Silhueta fluida: as peças fluidas foram o sucesso da temporada. Engraçado que esta forma mais suave, com tecidos mais leves e esvoaçantes, deixou até a alfaiataria com um toque mais simples e menos rígido. Veremos neste verão uma silhueta bem mais fresca, o que é bem propício para o calor do Brasil, não é verdade? Vejam alguns exemplos:



Desfiles Animale, Iódice e Sta. Ephigênia

Já nos modelitos, vi alguns aparecerem mais do que outros. Listo para vocês o que vi com mais frequência.

Vestidos com decotes profundos


Desfiles Barbara Bela, Patrícia Vieira, Iódice

Vestidos Tomara que Caia


Desfiles Iódice, Oh Boy e Afghan

Vestidos e Macacões Frente Única


Desfiles Lino Villaventura, Lix e Victor Dzenk

Bom meninas, esta é a primeira parte do resumão das semanas de moda nacionais. Amanhã teremos mais um post e assim sucessivamente até que tudo seja devidamente passado para vocês.

Aproveito para dizer que todas as imagens foram feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sorry!!

Antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas pela ausência de posts. Tenho andado muito enrolada e está bem difícil conseguir sentar para escrever e como prefiro não escrever a escrever qualquer coisa, deixei o blog meio de lado nos últimos dias.

Acho que muitas de vocês não idealizam o trabalho que dá pra montar cada post. Em geral levo cerca de 6 a 8 horas para escrever cada um. Claro que alguns são mais rápidos do que outros, mas de um modo geral, é esse o tempo que levo para escrever cada um. E é assim também com os posts sobre os desfiles. Cada um leva cerca de 4 horas para ser feito, porque analiso as fotos, escrevo comentários no meu super caderno do SQEP?, depois tenho que montar uma forma fácil de passar o que vi para vocês. Foi aí que me peguei pensando sobre esta questão dos desfiles e cheguei a uma conclusão.
Quando criei o SQEP? tinha a intenção de montar um site que falasse de moda, desse dicas e mostrasse novidades de uma forma simples, direta e objetiva. Muitos dos sites que falam de moda possuem uma linguagem não muito simples para quem não é do meio. Falam de tendências, história da moda, sem ter a preocupação de explicar para o público o que significa cada item mencionado nos posts. Pois foi assim, pensando nisto que montei o SQEP? e mesmo que passe o resumo dos desfiles do meu jeito (com uma linguagem mais simples e clara), acho que estou fazendo o mesmo que todos os outros sites que fazem a cobertura dos desfiles e definitivamente não quero ser mais uma na multidão. Sendo assim, tomei uma decisão que espero que vocês gostem, pois a idéia é que vocês, minhas queridas leitoras, sejam beneficiadas.

A partir de hoje, não vou mais falar de cada desfile especificamente. Preferi analisar todos e fazer um resumão do que achei mais bacana e do que achei menos bacana e mostrar para vocês as tendências da próxima coleção, de forma bem objetiva. O que vocês acham? Desse jeito acho que vai ficar bem mais fácil para vocês compreenderem o que será tendência, o que será hit, o que deve ser guardado, o que continua, enfim, falar o que de fato vai ser importante na vida de vocês.

De qualquer forma, gostaria muito de ver a opinião de vocês a respeito desta mudança sobre a cobertura dos desfiles. Caso vocês achem que o modelo antigo é mais bacana, volto a fazê-lo, ok?

Aguardo opiniões, críticas e sugestões!!

Será que esse pode?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Desfile Afghan

Inspiradas no Brasil e em suas riquezas, como a fauna, a flora e as pedras preciosas, a Afghan mostrou um desfile regado de modelagens e combinações de cores a la anos 70. Parece que os anos 70 vão invadir de vez no Verão né? Já até começo a querer correr contra esta maré porque está tudo tão parecido que chega dar medo de sair de casa e encontrar com oitocentas mil pessoas vestidas quase iguais a mim.

Sou super adepta das tendências e acho sim que elas são importantes para dar uma certa harmonia e consequentemente uma cara para as estações e a partir daí, cada um desenvolve esta tendência de acordo com o seu estilo e a sua personalidade. Agora, não é por isso que eu apoio a massificação e tão pouco acho bacana que quase todas as marcas tenham a mesma influência como base principal de suas coleções. E parece que é isso que vai acontecer no Verão. Basicamente todas as marcas usaram a década de 70 como base de coleção e mesmo que incorporem outras tendências no bolo, o foco principal é esse e isso me assusta um pouco. Fica tudo meio igual, como se a gente já esperasse o que as lojas venderão, só mudando uma cor ou uma estampa.

De qualquer forma, seguindo em frente, conforme já falei acima, a década de 70 foi a fonte de inspiração para o desenvolvimento da marca e isso foi facilmente percebido em pantalonas, hot pants cobertas de vestidinhos de renda (lembrando que isto é um look de passarela, ok? Não é para você sair por aí com uma hot pant e um top. Você até pode usar uma hot pant sob um vestido que tenha uma leve transparência, mas isso é para poucas já que é uma peça que não favorece muitos tipos de corpo, sendo assim, deixe este visual para a passarela, ok?), muitas estampas florais e tropicalistas, misturas de cores típicas da década de 70 como laranja e rosa, saias e vestidos longos, batinhas e vestidos rendados e a cintura sempre muito marcada.

A proposta do desfile foi bem comercial e foi bem fácil visualizar aquelas peças circulando pelas ruas.

Cores: Coral, Limão, Turquesa, Laranja, Rosa e Branco.

Peça favorita: Não amei nenhuma peça individualmente, mas gostei do look da foto número 8, que é a pantalona branca com cinto de corda e blusa branca. Achei clean e interessante.



Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Desfile Barbara Bela

A marca mineira especializada em moda festa fez um verão inspirado nas formas do Art Déco.
Partindo na contramão das outras marcas, que tiveram a década de 70 como fonte de inspiração, a marca nos mostrou vestidos, saias e blusas inspirados nas décadas de 20 e 30 (período do movimento Art Déco), de forma simplificada.

As estampas geométricas poderiam ser feitas sob bases acetinadas ou então em formas de bordados, sob bases ultra finas e transparentes, que deixavam a sensação de terem sido bordadas sob a pele das modelos.
Outra forte aposta foram as franjas, elementos característicos das décadas mencionadas. Elas apareceram em diversas peças, de saias à vestidos e deixaram no ar uma sensação de movimento com extrema elegância.

A cartela de cores uniu nunces fortes e suaves e ainda assim conseguiu criar excelentes combinações.

Foi possível perceber que a marca apostou em algumas peças mais comerciais e menos festivas como de costume, o que é ótimo na minha opinião, para diversificar o sortimento e apliar as possibilidades de vendas.

Eu amei a coleção, tanto é que separei mais fotos do que o habitual, mas achei que o styling poderia ter sido melhor no quesito acessórios. A montagem dos looks ficou incrível, com maravilhosas combinações de cores, mas particularmente não gosto desse lance do sapato combinar com a bolsa, mesmo em ocasioões festivas. Mas, este foi só um pequeno detalhe, que não atrapalhou o restante do desfile.

Outra questão que me chamou a atenção e confesso que não soube definir o porque foram algumas silhuetas com ares de anos 60, já que a inspiração da coleção está nos anos 20. Os anos 20 são muito marcados pelas cinturas baixas dos vestidos, ou até mesmo para aqueles sem cintura marcada, como os vestidos das melindrosas, que eram repletos de franjas e foram relembrados pela marca. As saias com cintura alta e camisa de botão são muito anos 60 e ficaram meio perdidas neste universo anos 20.
De qualquer forma, mesmo que uma coisa não tenha ligação com a outra, a coleção ficou linda e de muito bom gosto.

Cores: Magenta, Amarelo, Coral, Turquesa, Nude, Pele, Off White e Ouro.

Peça favorita:Saia longa de cetim com estampa quadriculada que está na foto número 9. AMEI!!!!!!!!!




Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Cavendish

Uma chuva de vestidos curtinhos invadiu o desfile da Cavendish. Além dos vestidos, a marca investiu em muitas estampas e muitos bordados.

Saias longas, crochês coloridos, casaquetos de cetim bordados, coletes, entre outros, foram algumas das peças que apareceram na passarela de Verão da Cavendish.
Nos pés sandálias no estilo coturno aberto com salto de corda resumiam com perfeição a tendência de calçados da estação.
As estampas tinham uma pegada étnica e algumas modelagens nos remetiam aos anos 70.
Um verão muito alegre e colorido foi apresentado. Talvez um dos mais coloridos que vi até o momento no Fashion Business.

Um outro ponto que merece ser comentado é que a marca investiu sem medo nos tecidos acetinados, inclusive para vestidos diurnos, onde os bordados também marcavam presença. Confesso que tenho um pouco de dúvida a respeito disso, até mesmo para a noite, que dirá para o dia, mas, como sempre gosto de ressaltar, esta é uma questão muito pessoal porque eu não gosto de brilhos e tão pouco de bordados, salvo algumas exceções. Mas, de qualquer forma, tenho certeza que existe público para isso.
Além dos vestidos curtos (que foram destaque), o macacão também apareceu forte no desfile. (OBAAAAA!!!) Curtos, compridos, largos, mais justos, com babados, sem babados, enfim, um pouco de tudo apareceu no desfile da Cavendish no quesito macacão.
Como a marca investiu muito pesado nas estampas, a cartela de cores ficou meio submersa nesse universo e poucas foram as peças lisas que apareceram. De qualquer forma, anotei e passarei abaixo na lista de cores, como já é de costume.

Cores: Azul, Coral, Vermelho, Turquesa e Ouro.

Peça favorita: O macacão com estampa de listrasque está na foto número 4, logo aqui abaixo. Ok, macacão de novo??? rs Meninas, ele será uma das peças mais importantes da estação! Apostem com força nesta peça que vocês não irão se arrepender!


Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.<br />
Será que esse pode?

sábado, 4 de junho de 2011

Desfile Lix

A marca carioca que começou desenvolvendo peças para outras marcas e partiu para vôo solo em 2008, apostou todas as suas fichas no crochê e nas estampas para o próximo verão. Algumas franjas também apareceram em peças com paetês transparentes sob bases listradas, que acabou gerando um certo conflito visual.
As listras foram outra forte aposta da marca, que investiu nesta linha até mesmo no crochê super colorido. Outra "estampa tendência" que deu o ar da graça foi a tropicalista. Em uma base acetinada com o fundo preto, a Lix mostrou muitas peças com esta vibe, especialmente vestidos longos. Já seguindo para um outro lado, a marca apostou nas estampas de onça e também na estampa étnica em grandes caftans a la Dudu Bertolini. Outras estampas também apareceram em menores proporções do que as mencionadas acima.

Lá pelo meio do desfile, apareceram algumas peças feitas em uma estampa de patchwork que pareciam fazer a junção das estampas que em tese são muito diferentes, mas se pensarmos como conceito de coleção, juntas funcionam e fazem sentindo. Pelo menos se a inspiração da marca for os anos 70 mesmo como eu deduzi pelo que vi.
Ao que me pareceu, a marca usou uma pegada anos 70 c0m ênfase no hippie, especialmente o hippie chic. Não achei essa pegada muito boa, porque acho que temos muito a explorar esta época sem precisar bater na mesma tecla de sempre. Os anos 70 não se resumem somente ao movimento hippie.
Os cabelos e alguns looks mostram a influência disco, que é uma outra linha muito interessante desta época. Tudo bem que ela já apareceu no Inverno, especialmente na linha de acessórios (inclusive falei disso outro dia aqui no blog), mas de qualquer forma, a título de moda, certamente ainda há muito a ser falado sobre o disco do que sobre o hippie.

Ponto negativo: a marca explorou estampas quase 99% do tempo, o que não nos permitiu visualizar a cartela de cores da coleção e tão pouco nos permitiu entender a passagem das estampas. Eu super entendo que algumas marcas gostam de ser reconhecidas pelas estampas, como é o caso da Farm por exemplo. Mas independente de qualquer coisa, nenhuma marca sobrevive só com estampas. Primeiro porque não é financeiramente viável para uma confecção, especialmente se as estampas forem todas ou quase todas feitas em estamparias digitais, que chegam a cobrar até 200% a mais no valor do metro do que uma estamparia de quadro ou cilindro cobraria, por exemplo. Segundo que nenhuma loja consegue compor um mix de produtos e relizar uma exposição interessante aos olhos do cliente se ela não possui peças lisas que possam realizar esse meio de campo. Terceiro que nenhuma mulher se veste com estampas todos os dias do ano e isso por si só já reduz as chances de venda da coleção. Mesmo que a cliente fiel da marca ame estampas, ela vai comprar uma ou duas peças de uma mesma estampa no máximo. E certamente não irá gostar de todas as estampas que a marca desenvolveu para a coleção. Eu sei que provavelmente a marca usou somente estampas no desfile para criar um impacto e tal e que a coleção tem muuuito mais do que isso, mas acho que como abre alas não funciona. Se tem alguma cliente em potencial que conhece a marca pelo desfile e só visualiza isto, pode criar uma impressão ruim e negativa da marca.

Só um parenteses, para que eu possa explicar sobre a diferença das estamparias. Uma estampa feita em quadro ou cilindro pode ter até 7 cores e detalhes não muito pequenos. As estamparias que realizam este processo cobram pela abertura do quadro e pelo número de cores que o desenho possui. Já a estamparia digital, por se tratar de uma tecnologia mais recente, permite que você use quantas cores quiser e também que tenha qualquer tipo de detalhe, mesmo que seja quase invisível. As estampas digitais são impressas em gigantescas impressoras, no estilo das impressoas de fotografia e não é cobrado valor extra por cor e nem por abertura de desenho porque isso não acontece. Mas com isso, este tipo de estampa fica muito mais cara do que as demais.

Voltando ao desfile, como ele foi em sua maioria repleto de estampas, deixei a lista de cores de lado, pois era impossível fazer esta análise. Coloquei mais fotos do que o habitual, para que vocês também possam visualizar um pouco de cada estampa apresentada.

Peça favorita: Gostei do tomara que caia de estampa patchwork a la Adriana Barra.




Imagens feita por Charles Naseh para o site Chic.

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Desfile Cholet

Vou começar os comentários sobre o desfile da Cholet com uma grande confissão: Esta foi a primeira vez que escutei o nome dessa marca!
Sendo assim, tive que fazer uma pausa na análise do desfile para pesquisar sobre a marca. Foi aí que me surpreendi ao ver que não se tratava de uma marca jovem, recem criada que está em busca de espaço no mercado. A Cholet já tem 20 anos de estrada e possui 4 lojas próprias, 2 showrooms, está presente em diversas cidades através de pontos em multimarcas, além de exportar para França, Espanha e Portugal. Já participaram da feira Pret-à-Porter em Paris (que é uma das maiores, se não a maior feira de moda do mundo) e para finalizar já tiveram em suas campanhas tops de destaque internacional como Carol Francischini, Isabela Fiorentino, Giane Albertoni entre outros grandes nomes. Ufa! Quanta coisa!!!
Com este monte de informações, voltei a analisar o desfile.

A passarela super florida de cara já deixava no ar um clima super gostoso e primaveril e foi com esse clima que a marca apresentou uma coleção bem leve, suave e delicada, para mulheres jovens antenadas e ligadas em moda.

Muitos frufus, um dip dye bem suave na gama do verde, estampas com influência tropicalista (olha a tendência aí de novo!!), vestidinhos super fluidos e delicados, inclusive com aplicações de renda na barra e no decote, alfaiatarias muito bem montadas, inclusive com pantalonas de diveros tecidos, muitos vestidos e saias longas, dando ênfase a tendência setentinha que permanece no Verão 2011/2012. Os tecidos em sua maioria eram leves e fluidos e alguns inclusive tinham um toque acetinado.

Só não curti esse excesso de babados que a marca apresentou. Acho que se o objetivo é criar peças para mulheres jovens e antenadas em moda, este certamente não é o melhor caminho. Os babados me soam muito infantis, ou então me remetem ao universo das lingeries e acho que essa não é a mulher que a marca quer vestir pelo que li sobre a marca. Outro ponto negativo foi o comprimento das calças. De um modo geral eles estavam grandes demais e em muitos casos não foi possível ver os pés da modelo. A calça lambia o chão. Mas isso é mais uma questão de cuidado pré-desfile (nem sempre sobra tempo para fazer mais de uma prova de roupa com as modelos, aliás, isso praticamente não existe) e de repente, por conta de outros ajustes, esse detalhe passou batido. Pode ser também que fosse esta a proposta da marca, mas de todo jeito, não gostei.

Achei super positivo o color blocking em tons menos vibrantes do que os que temos visto por aí. Gostei!!

Cores: Off White, Branco, Verde, Azul, Amarelo, Cinza e Coral.

Peça favorita: Poderia de novo escolher um macacão, mas como a estampa não me agradou muito (rs), optei pela pantalona off white! Está incrivelmente linda!!


Imagens Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Desfile Mary Zaide

A marca carioca Mary Zaide apresentou seu Verão um tanto quanto confuso na passarela do Fashion Business.

Ok, tudo bem que o comprimento midi foi um super sucesso nas passarelas internacionais e figurou em todos os editorias das revistas de moda dignas, mas convenhamos, isso não tem cara de Verão brazuca, muito menos carioca. E o desfile da marca foi praticamente todo com este comprimento, salvo algumas exceções entre o curto e o curtíssimo, o que ocasionou a minha confusão.

Pelo que sempre soube, a Mary Zaide trabalha para um público mais maduro, estilo a Mara Mac, porém para poderes aquisitivos diferentes, mas se pensarmos em faixa etária, diria que elas andam de mão dadas, ou pelo menos quase. Sendo assim, fiquei beeem confusa quando vi uma chuva de modelos midi (que envelhecem e consequentemente não favorecem esta mulher mais madura) e outros ultra curtos, em vestidos super decotados, de alcinha, que tão pouco conversaram com esta mulher até então público alvo da marca. Pode ser que eles tenham mudado o seu público, mas ainda assim fico confusa, pois os modelos apresentados no desfile (independente de qual seja o seu público alvo) não conversam em absoluto.

É até engraçado falar sobre esse assunto agora, pois já estou para fazer um post sobre os midis há um tempão, mas sempre vou adiando e colocando outras coisas na frente. Acho que no fundo não queria escrever sobre algo que não aposto, pois sei o quão difícil seria montar looks e dar dicas para este item que acho que não vai pegar nem com reza forte. Ok, podem me criticar, afinal de contas, eu como veículo de informação tenho a obrigação de falar sobre todo e qualquer tendência, mas ainda assim, como posso ser imparcial e falar de algo que não acho adequado? Enfim, vamos dar seguimento aos comentários sobre o desfile da Mary Zaide, que é o tema do post não é mesmo?

Outra questão que me deixou em dúvida foi o que a marca colocou no release da coleção que falava sobre um verão ensolarado e na verdade apresentou cores mais sóbrias.

De qualquer forma, nem só de críticas vive este post! rs

Vamos aos pontos positivos do desfile minha gente!! A marca apresentou algumas peças com uma pegada mais moderna e atual, além de ter arrasado nos turbantes que são sucesso lá fora e eu super aposto como acessório hit do Verão.

Adorei também o look da saia longa com regatinha, que está super em alta por conta da influência da década de 70, que continua no Verão. Aliás, com base nesta mesma tendência, a marca também mostrou algumas pantalonas bacanas.

Cores: Branco, Off White, Verde, Cáqui, Cinza, Marrom, Amarelo e Laranja.

Peça favorita: Sem dúvida, os turbantes.


Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

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Desfile Mara Mac

Já se sabe que a Mara Mac faz coleções para mulheres mais maduras, que buscam peças bem feitas, bem acabadas, e principalmente clássicas. E foi para estas mulheres, clássicas e classudas que a marca criou uma coleção leve, suave, onde os tons mais claros foram o destaque. A presença do branco, off white, crú e rosinha só foi quebrada por algumas peças em um limão bem suave e por um vermelho cereja, que apesar do contraste, deixou a coleção bem harmônica.

A coleção teve uma pegada bem comercial, com peças super usáveis em qualquer ocasião. Foi como falei acima, a marca tem um público alvo muito bem definido e estabelecido e não precisa ficar provando nada para ninguém, pois o principal já foi provado. Suas clientes são fiéis e disto ninguém duvida. Por isso, a marca faz questão de manter essa linha mais sóbria em suas coleções e desfiles. Eu adoro o estilo da marca e por isso até selecionei mais fotos do que o normal, pois achei muitas peça lindas!!

O ponto de "inovação" apresentado pela marca ficou por conta do uso de um vinil transparente em algumas partes de cima, como blusas e casaquetos. A marca aproveitou o material para deixar a peça com um toque diferente na modelagem. Em alguns casos ele até causou a sensação de que a peça estava colada no corpo. De qualquer forma, tenho dúvidas sobre o uso deste material no Verão. Acho que ele pode esquentar demais e com isso transpirar, sem ter por onde respirar e com isso deixar a peça com um ar suado, estilo box, sabe?. Agora, não se sabe também se a marca irá comercializar este produto, ou se isso se trata de uma peça conceito. Vamos esperar.

Um ponto importante neste desfile foi a massificação dos looks monocromáticos brancos que a marca apresentou. Veio de acordo com o post que fiz no começo da semana sobre o branco total. Isso nos mostra que esta tendência tem força, já que foi adotada por uma marca na maior parte de seus looks.

Cores: Branco, Off White, Areia, Cáqui, Rosa, Vermelho Cereja, Verde Limão.

Peça favorita: Poderia facilmente dizer que seria o macacão (de novo!! rs), mas como não gostei muito dele naquele rosa ballet, optei por escolher o vestido longo cereja com areia de ombro caído, que está incrivelmente lindo!!



Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Victor Dzenk

A Amazônia foi o tema central da coleção de Victor Dzenk. O desfile espetáculo, característica marcante do estilista, teve uma enorme passarela, assinada por Bia Lessa e ainda uma super participação de Fafá de Belém, falando sobre a floresta e também em defesa das mulheres.

O que achei mais bacana neste desfile é que houve toda uma preocupação e ambientação que ajudaram a contar a história da coleção criada por Victor. Além das estampas tribais que muitas vezes viraram estamas geométricas, por conta da ampliação dos desenhos (em alguns momentos não era possível saber se a estampa era um tribal ampliado, ou se era uma estampa geométrica de grandes proporções), outra grata surpresa foram os acessórios étnicos montados por verdadeiros índios. Para fechar essa ambientação, a marca ainda deixou no ar um cheiro de Cupuaçu que transformou o Copacabana Palace (local onde aconteceu o desfile) em uma mini Amazônia carioca. Bacana não? Eu adorei essa idéia de ambientar o local com um aroma característico do tema da coleção. Genial!!

Nos pés das moçoilas, sandálias no estilo gladiador de couro de croco fake (adorei!!).

Para finalizar esse espetáculo, Viztor Dzenk ainda mostrou sua linha praia que estava belíssima com aquela cara mulher fina e rica, sabe?

Apenas duas coisas me desagradaram no desfile. Acho que desagradar nem seria a palavra certa, pois não foi nada tão grave que tenha tirado o brilho da coleção para mim, mas de qualquer forma, acho que vale comentar, né?Primeiro, achei que tinha estampas demais. Tá certo que isso é um desfile e obviamente as peças mostradas são aquelas de maior impacto e destaque na coleção. De qualquer forma, acho importante que as peças apresentadas no desfile sejam um resumo do melhor que você mostrará nas lojas e showrooms da vida. Sendo assim, fica a sensação que vou comprar uma blusa no Victor Dzenk e vou ter que caçar uma calça ou short por aí que possa compôr com esta peça, afinal de contas, não dá para sair por aí igual uma maníaca das estampas, não é mesmo?Outra coisa que me deixou meio assim, foram as segundas pele com estampa tribal. Tá certo que tem tudo a ver com o tema, mas acho que esse tipo de produto já está bem batido.

Cores: Branco, Preto, Coral, Marrom, Verde, Turquesa, Amarelo e Vermelho.

Peça favorita: Macacão com gancho ultra baixo de estampa tribal. Adorei a peça e achei a estampa incível naquele fundo branco. Parece que foi desenhada à mão. Acho que estou numa fase meio macacão né? Já reparei que em vários desfiles, minhas peças eleitas como favoritas foram macacões.



Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Giulietta

Inspirada nos Balenários da década de 50, a marca mostrou um verão ultraromântico.
Dando ênfase a cartela pastel, em especial os azuis, amarelos e rosas.

As estilistas apresentaram uma coleção muito suave e delicada, onde foram usados diversos materiais, de tecidos planos à malhas, passando por bases bordadas. A estamparia também foi um ponto de destaque na coleção apresentada pela marca. Foi possível ver diversas estampas, de localizadas à corridas, passando pelos listrados e pelo dip dye (degradê) em tons que azul. Aliás, o dip dye estava belíssimo, muito suave e coordenado, feito em uma base acetinada com ar futurista. Várias outras peças também apresentaram bases futuristas.
Em paralelo, a marca também mostrou algumas peças com um ar hand made, como foi o caso dos vestidinhos de crochê, ótimos para um pós praia.

Adorei os acessórios e o uso dos dois cintos no estilo positivo negativo juntos.

Cores: Branco, Bege, azul, Coral, Amarelo, Verde, Rosa, Cinza e Vermelho.

Peça favorita: Short cintura alta com estampa floral, que está no look com a mini camiseta rosa.
Aliás, estou na dúvida se é um short ou um macaquinho, mas confesso que se for um macaquinho vou gostar ainda mais!!


Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Sta Ephigênia

Roupas curtas e ultrafemininas foram o ponto mais marcante do desfile da Sta Ephigênia. Não podemos esquecer das cores super vibrantes que unidas aos elementos mencionados montaram um excelente desfile.
O cenário estava repleto de materiais reciclados (olha eles aí de novo!!) e a marca trouxe para esta passarela consciente um mix de estampas étnicas que poderiam ser feitas à mão nas cores preto e branco ou poderiam ser bem coloridas e alegres, como as listras de tamanhos diferentes (belíssima por sinal!).

Assim como no desfile de Patrícia Vieira, a tendência tropicalista também apareceu (reparem as últimas imagens do desfile, para que vocês entendam o que quero dizer com tendência tropicalista. Reparem que não bastam flores numa estampa para dizer que ela faz parte de um universo tropicalista). O que podemos reparar é que mais uma marca aposta neste tema. Será que assim como nas cores, teremos uma tendência eleita pelas marcas como favorita?
Comecem suas apostas já, afinal de contas, todo dinheiro poupado é lucro, sendo assim, se você souber aproveitar a liqui do Inverno para rechear seu guarda roupa para o Verão, certamente fará um graaande negócio.
De qualquer forma, assim como fiz na coleção passada, vou fazer um post especial com dicas, ok? Depois que passar o Fashion Rio e essa loucura de milhões de posts diários, prometo que faço um post bem detalhado, certo?

Voltando ao que interessa, os sapatos apresentados no desfile possuíam solado de corda (herança do Verão passado que trouxe estes elementos naturais como a corda e a ráfia para o universo dos acessórios).

Cores: Preto, Branco, Amarelo, Limão, Coral e Azul.

Peça favorita: Sem sombra de dúvida é o blazer de laise de algodão que está no look do terninho branco. AMEI e quero agora!!! Sou super fã desse tipo de produto.



Imagens feitas por Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Desfile Francesca Romana Diana

A marca de bijouterias de luxo Francesca Romana Diana apresentou peças bem elaboradas e coloridas.
As enormes pastilhas e contas em diversas cores, que foram do vermelho ao turquesa, passando pelo verde, coral e berinjela mostraram que o exagero é uma veia latente na moda atual.
Eu que gosto de passar longe desta palavra não curti o desfile da marca.
Tá certo que uma marca de bijouterias precisa chamar a atenção em um desfile e isso só pode acontecer através do exagero. Se colocássemos somente peças pequenas e delicadas, ficaria bem difícil visualizar a coleção. Porém, pensando em cada item isoladamente, ainda assim tenho resalvas, porque independente do que a moda dita, o exagero, assim como o brilho não combinam comigo e com o meu estilo. Pode ser que algum dia esse meu bloqueio passe, porém, hoje, digo não logo de cara para este tipo de produto.

É provável que usasse uma ou outra peça isoladamente, como uma pulseira ou um par de brincos, em algum look bem clean.

Destaque para o turquesa e o coral que já apontam como duas cores fortes na estação. Até o momento, quase todos os desfiles que vi possuíam esta cor em sua cartela.

Para finalizar o post, coloco um comentário feito pela Glória Kalil no site Chic: "Os colares são tão coloridos e volumosos que podem ser considerados as echarpes de verão, pois dão luz e vida para qualquer roupa que precise de um realce".
Achei a definição perfeita para o que foi apresentado pela marca.

Cores: Azul, Turquesa, Verde, Vermelho, Roxo, Rosa, Branco e Preto.

Peça favorita: Bracelete dourado e pulseira de pérolas coloridas (ambos possuem destaque nas imagens que selecionei do desfile).



Imagens Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Maria Filó

Em seu primeiro desfile realizado no Fashion Business, a carioca Maria Filó mostrou para o que veio. A marca soube mostrar muito bem para que público trabalha e com isso apresentou uma coleção clara e elegante.

Confesso que algumas peças me lembraram a Farm e outras me lembraram a Maria Bonita Extra, mas de qualquer forma, acho que o resultado final da marca foi bem positivo. Especialmente se pensarmos que este foi o primeiro desfile profissional realizado por eles. Apesar da Maria Filó estar no mercado há muitos anos e provavelmente já deve ter realizado uma penca de desfiles para colaboradores, franqueados, enfim, pisar em um evento de maior proporção sempre é diferente.

Eu já trabalhei em marcas que desfilavam no Fashion Rio e sei o quanto as cobranças e exigências aumentam ao entrarmos em um evento deste porte. Mesmo que a sua coleção esteja a cara da sua cliente, super comercial, certamente você escutará críticas no quesito criatividade ou inovação de passarela. De qualquer forma, a idéia de começar esse caminho no FB já mostrou que a marca está dando passos sólidos.

Agora, voltando a falar do desfile, a marca apresentou uma coleção inspirada em perfumes e todas as suas essências, que podem ser de frutas, flores ou outras especiarias. Essa inspiração se traduziu nas cores (suaves) e na leveza dos tecidos usados na confecção dos modelitos.

Os acessórios estavam incríveis e na minha opinião, foram o ponto alto do desfile. As bolsas, os colares e os sapatos estavam muito bonitos e muito coerentes com o resto da coleção. Outro ponto forte na minha opinião foi o styling feito por Pedro Sales. Para quem não sabe, styling é a montagem dos looks que participarão do desfile. Quando uma marca monta uma coleção e sabe que ela desfilará, o profissional do styling entra em ação e organiza todas as entradas das modelos e principalmente monta os looks do desfile. Essa é uma etapa fundamental deste processo. Muitas vezes, se o styling for mal feito ou mal pensado, as peças que merecem destaque passam desapercebidas e vice versa, o que pode causar um impacto negativo.

A Maria Filó apostou em vestidos, saias e shorts que foram do longo ao super curto, passando pelo longuete. Não podemos esquecer dos macacões também, que estavam lindos, especialmente um mais curtinho que tinha uma estampa bem suave.

As cinturas altas e marcadas, em calças e saias além daas enormes flores aplicadas em diversas peças também apareceram.

Cores: Nude, Off White, Amarelo, Branco, Coral, Bege e Verde Limão.

Peça favorita: Foi beeeem difícil escolher uma única peça favorita, porque gostei de muitas, mas se tenho que eleger uma, fico com o macaquinho mais curtinho com uma estampa bem suave, que já mencionei acima.




Imagens Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Carlos Miele

Nesta temporada, Miele uniu todas as suas forças no mesmo desfile e milagrosamente, conseguiu deixar tudo harmônico. Digo isso, pois acho que qualquer marca que trabalha linhas muito diferentes, possui (por natureza), uma grande dificuldade de juntar tudo num espaço tão pequeno e com tão pouco tempo. Apesar da harmonia apresentada, confesso que muitas das peças apresentadas não me agradaram como consumidora, porém, como estou aqui para comentar outra coisa, vou deixar meu gosto pessoal de lado, certo?

Miele foi da praia à festa, sem perder a mão e apresentou uma mulher super refinada, com um ar setentinha, traduzida em pantalonas de cintura alta (em jeans e linho), saídas de praia de chiffon estampado e também de crochê, macacões brancos (com um ar suuuper sofisticado), onde as cinturas eram marcadas por cintos de tressê. Aliás, o tressê foi um material que ganhou destaque na coleção, já que além dos cintos, ele apareceu em detalhes de vestidos também.

Vale comentar que a década de 70 parece ter invadido de vez a nossa vida. Já fazem pelos menos umas 3 ou 4 coleções (seguidas, é claro), que ela aparece como referência explícita de tendência.

Outro detalhe bacana apresentado no desfile foram as peças feitas em Jeans Ecológico que a marca fez em parceria com Michael Roberts. Os desenhos do editor da Vanity Fair apareceram feitos de garrafas pet e sobras de fios reciclados, bem no estilo do post que fiz semana passada sobre as Eco Style Bags. É bacana ver que essa questão ambiental está ganhando mais adeptos a cada dia. Só é uma pena que de um modo geral são poucas as marcas que sabem trabalhar bem com este tipo de material. Geralmente as peças feitas com itens reciclados ficam com aquela cara de coisa reaproveitada e trabalho escolar, que não é bacana. Talvez seja por isso que esses materiais ainda não tenham deslanchado de vez.

As cores foram do coral ao turquesa, passando por diversas tonalidades que no geral ficaram bem harmônicas.
Os bicolores apareceram nas estampas gráficas e em calças soltinhas.
As estampas com insfluência étnica também marcaram presença na coleção de Miele. Bem coloridas, elas deram um up na passarela.
Os vestidos de festa marcaram bem as cinturas, característica da década de 70.

Cores: Branco, Vermelho, Coral, Turquesa, Verde e Marinho.

Peça favorita: Macacão Branco.



Imagens Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Desfile Patrícia Vieira

Inspirada na Espanha e sua touradas, Patrícia Vieira deu o pontapé inicial na temporada de desfiles Verão 2012 do Fashion Business.

Mulheres com bocas marcadas de batons ultra vermelhos, contrastavam com um make mais clean, com bochechas rosadas que deixam o visual com um ar saudável.

Rendas recortadas à laser, usadas sobrepostas ou não, que ora deixavam o look ora com ar mais leve e ora com ar mais pesado.
As muitas franjas também foram destaque no desfile da marca tradicionalmente conhecida pelo seu incrível trabalho com couro.
Por se tratar de um desfile de verão, este material acabou ficando por conta dos detalhes como poás e flores aplicados às peças das mais diversas formas. Em muitos casos, as aplicações deixaram as peças com ares de estamparia, o que ocasionou um excelente jogo visual.

As cores foram das claras às escuras, passando pelas vibrantes, no melhor estilo color blocking de ser. (Para quem não se lembra destas duas palavras, é só dar uma fuçada nos posts antigos que vocês encontrarão informações sobre esta tendência que começou no último Verão, passou pelo Inverno e chega até o Verão 2012 sem medo e sem culpa!)


Outra tendência já comentada pelos especialistas no assunto também apareceu no desfile da marca. O tropicalismo deu o ar da sua graça traduzido pelas flores (em diversos tamanhos), apresentadas em forma de aplicação (como foi o caso das rosas em couro) e das estampas.

Os couros sem tratamento e as aplicações de paetê transparente, trouxeram um ar hand made para a passarela.

As listras (que possuíam uma linda combinação de cores) também marcaram presença no desfile.

Cores: Branco, Bege, Amarelo, Turquesa, Preto, Conhaque e Vermelho.

Peça favorita: Casaqueto de couro conhaque e viés off white, que está junto com o vestido todo de franjas. Amei!!



Imagens Charles Naseh para o site Chic.

Será que esse pode?

Nova temporada de desfiles

Olá pessoas! Sei que todas vocês que acompanham o blog já sabem que o Fashion Rio começou. Estou meio atrasada com relação aos posts do evento, mas de qualquer forma, resolvi falar sobre cada desfile, mesmo que muitas de vocês já tenham visto os desfiles ou tenham lido sobre eles em diversos sites que falam sobre o assunto.
Sendo assim, mãos à obra mulherada!!

Antes de começar com os meus ilustres comentários (rs), vou passar o line up, para que vocês possam acompanhar, certo?

Os primeiros desfiles foram do do Fashion Business, que é uma feira de negócios de moda que ocorre paralelamente ao Fashion Rio. Algumas marcas migraram seus desfiles para este espaço e pelo que parece o resultado tem sido produtivo, já que a cada ano vemos mais marcas fazendo seus desfiles neste espaço.
Na verdade acho que tudo depende da intenção da marca. Por ser uma feira de negócios o FB tem muitos lojistas, que podem virar clientes em postencial para estas marcas, portanto, se a marca deseja efetuar um desfile mais comercial e vendável, seu lugar definitivamente é o FB. Agora, se a marca quer passar um conceito de coleção e contar toda uma historinha, esta deve permanecer no FR. São focos diferentes, entendem? Enquanto um dá ênfase ao comercial, o outro dá mais foco ao glamour.

Agora voltando ao que interessa, segue o line up de ambos:

Fashion Business (já acabou tá gente? Peço mil desculpas pelo atraso nos posts dos desfiles, mas ando muuuuito enrolada e está complicado administrar tantos posts em tão pouco tempo. Parece bobagem, mas dá um super trabalho fazer estes resumos para vocês. Tenho que olhar todas as fotos dos desfiles, para escrever sobre ele. Enfim, deixando as lamúrias de lado, vamos aos horários:

Dia 1 - Segunda 23/05
18:oo - Patrícia Vieira
18:00 - Carlos Miele

Dia 2 - Terça feira 24/05
11:30 - Maria Filó
14: 00 - Francesca Romana Diana
16:30 - Sta Ephigênia
18:00 - Giulietta
21:30 - Victor Dzenk

Dia 3 - Quarta feira 25/05
11:30 - Mara Mac
16:00 - Mary Zaide
18:00 - Cholet
20:00 - Lix

Dia 4 - Quinta feira 26/05
10:00 - Cavendish
15:00 - Barbara Bela
17:00 - Afghan
19:00 - Sacada
20:00 - Oh Boy!
21:00 - Addict

Fashion Rio (para este não estou tão atrasada!! rsrs)

Dia 1 - Segunda feira 30/05
17:00 - Alessa
18:00 - Acquastudio
19:30 - Melk Z-Da
21:00 - Patachou

Dia 2 - Terça feira 31/05
18:00 - Totem
19:30 - Salinas
21:00 - Espaço Fashion
22:00 - O Estudio

Dia 3 - Quarta feira 01/06
18:00 - Ágatha
19:30 - R Groove
21:00 - Coven
22:00 - Blue Man

Dia 4 - Quinta feira 02/06
17:00 - Filhas de Gaia
18:00 - Coca Cola Clothing
19:30 - Maria Bonita Extra
21:00 - Têca
22:00 - TNG

Dia 5 - Sexta feira 03/06
16:00 - Andrea Marques
17:00 - Triya
18:00 - Alexandre Herchcovitch
19:30 - New Order
20:30 - Giulia Borges
22:00 - Lenny

Dia 6 - Sábado 04/06
17:00 - Walter Rodrigues
18:00 - Nica Kessler
19:30 - Cantão
20:30 - British Colony
21:30 - Auslander

Lembrando que eu só farei comentários dos desfiles femininos, ok? Desculpem-me rapazes, nada contra vocês, porém, como o blog é focado nas moçoilas, sempre dou preferência à elas, certo?

Hoje já começo a colocar os desfiles em dia e com isso, já vou encher o blog de novos posts!!
Aguardem!!

Será que esse pode?